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sexta-feira, dezembro 31, 2010

70 anos em um minuto e meio

No último dia do ano eu queria ter feito a minha retrospectiva. Até comecei a escrever sobre isso. Também comecei a escrever sobre os melhores e piores filmes que eu vi esse ano. No entanto ontem eu assisti algo na TV que simplesmente não me sai da cabeça e eu não vou conseguir escrever sobre outra coisa.

Um comercial de TV (para a rede de lojas inglesa John Lewis), de um minuto e meio, lançado originalmente em Abril desse ano, conseguiu me fazer chorar e me emocionar profundamente. Mais do que qualquer filme ou programa que eu tenha assistido durante todos esses últimos 365 dias. 

Desde então perdi as contas de quantas vezes vi o vídeo no YouTube

Pode ter sido porque sou mulher, porque estou grávida, porque a música (uma cover de Always A Woman To Me, do Billy Joel) é lindíssima, ou porque foi lindamente filmado e praticamente sem nenhum defeito. 

Pode ser porque eu sou uma chorona. Ou simplesmente porque mesmo um comercial pode ser uma obra de arte. 

Não importa o porquê, vale a pena um clique:



She can kill with a smile, she can wound with her eyes
She can ruin your faith with her casual lies
And she only reveals what she wants you to see
She hides like a child, but she's always a woman to me

She can lead you to love, she can take you or leave you
She can ask for the truth, but she'll never believe
And she'll take what you give her as long it's free
Yeah, She steals like a thief, but she's always a woman to me

CHORUS
Ohhh... she takes care of herself
She can wait if she wants, she's ahead of her time
Ohhh... and she never gives out
And she never gives in, she just changes her mind

And she'll promise you more than the garden of Eden
Then she'll carelessly cut you and laugh while you're bleeding
But she'll bring out the best and the worst you can be
Blame it all on yourself 'cause she's always a woman to me

CHORUS

She's frequently kind and she's suddenly cruel
She can do as she pleases, she's nobody's fool
And she can't be convicted, she's earned her degree
And the most she will do is throw shadows at you,
But she's always a woman to me

CHORUS

Feliz Ano Novo.
N.

p.s. o comercial custou cerca de 6 milhões de libras.

O Papai Noel Sorensen

Caixa de chocolates da Butler's

Eu reclamo o tempo inteiro que I. tem uma péssima memória. Mas eu reclamo o tempo inteiro de tudo. Quando não tenho do que reclamar eu invento alguma coisa. Então, nem todas as minhas reclamações devem ser levadas à sério. 

"Vale Óculos"
Verdade que eu tenho que pedir durante três dias seguidos para que ele tire o lixo do apartamento. Mas é verdade também que ele paga todas as contas sozinho. Ou melhor, que ele lembra de pagá-las todas. Quase sempre eu nem as vejo. E já que nunca ficamos sem eletricidade, TV ou internet, eu acho que ele nunca se esqueceu de nenhuma.

Ele pode não se lembrar nunca de levar o almoço (que eu deixo sempre pronto na geladeira na noite anterior), ou de pegar uma fruta pra comer de manhã, sou eu sempre que tenho que correr atrás dele e lembrá-lo. Quando ele sai de casa, lá vou eu apagar todas as luzes que ele deixou acesas, fechar as portas dos armários que ele não fechou, pegar as coisas que ele deixou jogadas. Mas ao mesmo tempo ele consegue se lembrar das coisas mais importantes.

DVD's

Esse ano tínhamos combinado que nossos presentes de Natal seriam "pequenos". Não fiz nenhuma lista, nem dei nenhuma dica do que queria ganhar. Ou melhor, não disse nada assim antes do Natal especificamente. Mas durante o ano todo, quando eu vejo alguma coisa que eu gosto eu acabo comentando com ele. Sinceramente, sem terceiras intenções.

Box Harry Potter com todos os livros da série
Sem grandes surpresas então, eu ganhei várias coisinhas que eu queria muito, muito mesmo. Coisas que eu nem me lembrava mais que queria, ou que tinha comentado com ele que queria. A cada pacotinho aberto o que me vinha na cabeça, era "como ele se lembrou?", até porque eu mesma não me lembrava do que "pedi".

Por isso desde o ano passado a melhor coisa do Natal pra mim voltou a ser a espera pelos presentes. Não pelos presentes em si, mas pela curiosidade que a espera por eles gera. Depois de anos e anos ganhando dinheiro de quase todo mundo da família já não sabia mais o que era isso. E com raras exceções, acho voucher uma falta de criatividade só. 

Caderno Moleskine
Se eu tivesse ganhado só as pequeninices espalhadas aí pelo post já teria sido muito legal. Mas eu sabia que esse ano I. escondia uma surpresa a mais. Quando perguntei dias antes do Natal o porquê dele estar tão ansioso ele me disse que era porque eu ia ficar muito feliz com meu presente.

Achei que ia ganhar um notebook, que eu tanto queria. O meu, que nem meu era (ganhei de segunda mão da minha irmã quando já estava caindo aos pedaços) já tinha morrido há muito tempo. Só que quando vi os presentes embrulhados antes de irmos pra Killarney fiquei confusa, já que todos os pacotes eram pequenos demais para um notebook, ou grandes demais para um netbook.

I. sabia, claro que eu queria o notebook, porque eu já tinha comentado. O que eu não sabia que ele sabia era que eu estava babando no novo MacBook Air, um computador super fininho, leve e muito rápido. Vi uma vez na loja da Apple (quando levamos o computador dele pra arrumar), mas dessa vez não disse que queria. Não disse porque sabia que ele não podia comprar. Então só olhei.

Quando abri o pacote então e dei de cara com ele não consegui acreditar. 

MacBook Air

Não sei se fiquei mais feliz com o fato de ter um computador só meu, que posso levar pra cama (e pra qualquer lugar), com o fato de ser o objeto mais caro que eu já tive na vida (dá um desconto, eu sou pobre), ou com o fato de que ele sabia. 

Mas isso não devia mais me surpreender mais. Afinal, ele sabe. Ele sempre sabe.

N.

Não largo mais

quarta-feira, dezembro 29, 2010

24 semanas

Eu disse que ia voltar a escrever ontem? Então, não deu. Chegamos em Dublin depois das 5 e passei o resto da tarde e início da noite basicamente lavando roupa. Um tal de separa, põe na máquina, lava, seca, tira, dobra, guarda, separa, lava, seca, tira, dobra, guarda, que parecia não ter fim. Isso porque ainda nem passei nada. Pensa que terminou? Meu cesto de roupa suja parece mais um gremlin molhado. Quem dá conta?

Depois disso quis assistir The Bridges Of Madison County pela quinquagésima vez. I. nunca tinha assistido e me deu o DVD de presente (já que o meu ficou no Brasil e quando eu gosto muito do filme eu quero ter o original). Não importa quantas vezes eu assista, ou em que estado emocional eu me encontre, ele sempre me faz chorar. Chorei, chorei de soluçar, chorei por horas, e depois disso só quis saber de dormir.  

Hoje, bom hoje pela primeira vez recebemos "convidados" para jantar. Sogros de passagem por Dublin a caminho de Manchester. Eu? Passei o dia todo na cozinha fazendo lasanha (e o bolo que eles vão levar para o aniversário da nana inglesa), ao mesmo tempo que "supervisionava" I. que ficou encarregado de limpar e organizar a casa. 

Agora que eles já foram para a cama, eu já estou desmontada (de pijama e sem maquiagem), morrendo de cansaço. Já a minha cozinha parece ter sido atacada por aqueles gremlins saídos do cesto de roupa suja. 

Eu disse que ia contar o que o Papai Noel me trouxe de presente? Então, não deu. Pelos mesmos motivos acima. 

Comecei reclamando quando tudo o que eu queria era dizer que hoje são 24 semanas e antes que termine, resolvi que vou parar de frescura e medo de câmera e deixar I. tirar milhares de fotos. 




O resumo dessa última semana é que eu estou muito feliz de estar grávida. Então vou reclamar menos e aproveitar esses últimos meses o máximo que eu puder.

E antes que eu me esqueça, ganhamos basicamente tudo o que precisávamos para o babóg. Tudo de segunda mão, claro, de amigos da família. Estava faltando só o carrinho que pretendíamos comprar agora  em janeiro aproveitando as liquidações.  Aí meus sogros vieram hoje dizendo que a gente pode escolher que eles vão dar de presente!

O melhor de tudo é que o dinheiro dessa economia vai poder ser usado mais tarde para comprar as passagens para o Brasil, onde se tudo der certo, passaremos o Natal do ano que vem.

Mas tá muito longe pra fazer planos, né?

N.

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Nollaig Shona Duit*

Hoje é dia 27 de Dezembro. E aí que estou há 2 dias pensando sobre o que escrever sobre o Natal desse ano. 

Pensei em começar pela viagem de carro à Killarney que levou pouco mais de 6 horas, por paisagens que eu nunca tinha visto tão brancas. Ou pela falta que eu senti de comemoração na véspera, de rabanada e bolinho de bacalhau, e da minha mãe me mandando parar de comer antes da ceia. Ou da quantidade de bebida sem álcool comprada especialmente pra mim. Ou pelos meus sogros e cunhados que receberam meu amigo C. com tanto carinho.

By the way, abro um parênteses para escrever que ainda espero o dia em que vou descobrir que os Sorensen são na verdade grandes atores, encenando um filme de família fofa e feliz onde todo mundo se ama de verdade e se respeita em tempo integral. 

Além de não ter rabanada, nem bolinho de bacalhau (nem arroz), o Natal em Killarney não tem bitchiness, ninguém fala mal de ninguém, ninguém reclama (escondido claro) dos presentes que ganhou. Pelo menos não que eu saiba. Ninguém nem briga pelo controle remoto. Depois da ceia, servida lá pelas 4 da tarde, todo mundo acaba assistindo aos mesmos programas de TV, provavelmente ano após ano, juntos. E depois todo mundo brinca de mímica (menos eu que me recuso a participar de qualquer espécie de jogo ou competição), e todo mundo termina a noite em meio a violões e cantorias. Ou seja, não parece em nada com os meus Natais no Brasil.

Daí eu percebi que não quero escrever sobre nada disso. Mas também não queria deixar passar em branco o meu primeiro Natal de mãe, ainda sem o filho, mas mãe.

Na falta do que escrever sobre, ficam as poucas fotos do 25 de Dezembro mais feliz de todos os tempos:

As montanhas de Killarney cobertas de neve

De pijama, esperando para abrir meus presentes

Fotografando o presépio da sogra...

... e sendo fotografada ao mesmo tempo

C. e eu, esperando o peru

Família reunida

Depois da difícil tarefa de montar o quebra-cabeça que ganhei no meu Christmas cracker

Viu?

Cerveja sem álcool

Pratos de papel na falta de água...

... que I. fez questão de limpar

Volto amanhã, de Dublin, para escrever sobre os presentes que eu ganhei. Eu sei que vou ser mãe, mas não deixei de ser ainda, lá no fundo, uma criançona.

N.

* Feliz Natal em gaélico.

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Então é (quase) Natal

Não comprei uma árvore de Natal esse ano como tinha prometido no ano passado. Também não adotei uma cartinha dos correios para presentear uma criança no Brasil. Não mandei presentes para a família. Esse ano nem ao menos mandei cartões de Natal. Nenhum. Nenhunzinho. Shame on me. Mas o Natal chegou que eu nem vi, e agora não adianta mais me lamentar. 

Mais do que isso, eu demorei (se é que consegui) entrar no clima. Decidi tentar, pelo menos. 

Comprei todos, pelo menos quase todos os meus presentes. Todos aí embrulhadinhos desde hoje pela manhã:

Os pacotes vermelhos são os que I. vai dar no amigo "secreto" da família. Os dourados com laço os que eu vou dar. E os de papel bem infantil são meus para I.

Na falta da árvore eles estão no sofá da sala mesmo. Os que I. comprou pra mim, eu sei, estão no armário dele. Acredite se quiser, resisto e resistirei bravamente à tentação quase insana de ir lá dar uma espiadinha. Só não o faço para não estragar a surpresa dele, que durante o ano todo presta a maior atenção em tudo o que eu digo que quero e que gosto, e que gasta todo o bônus de Natal e boa parte do salário, comigo. E faz questão da surpresa. 

Faltaram os cartões para acompanhar os presentes. Faltou comprar uma coisinha a mais pra I. (que eu procurei ontem e não encontrei). Faltou um presente surpresa de última hora. Hopefully vou conseguir fazer tudo amanhã, já que conto com a vontade de ir pra casa cedo boa vontade do meu chefe para sair antes das 17h. 

Como ando otimista também ainda acho que vai dar tempo de fazer o bolo prestígio para levar para a casa da sogra, fazer as malas, passar no mercado para comprar revistas e bobeiras para comer no caminho. 

Mesmo com uma gripe daquelas (que me acompanha desde segunda-feira) estou a mil. Não tenho dormido bem, mas ainda assim quero fazer de tudo e mais um pouco. 

Sexta feira pela manhã, eu, I. (extremamente empolgado com o Natal esse ano), o pequeno E. na barriga (que agora deu para mexer pra valer aqui dentro), e o amigo C., visita luxo do Brasil (e convidado especial dos Sorensen para esse Natal) pegamos a estrada rumo as montanhas de Killarney, onde eu espero descansar, ler muito, e ser extremamente paparicada pelos sogros que esperam o primeiro neto. Afinal, eu preciso ser compensada pela falta de álcool desse Natal.

Aliás, Natal esse que marca o fim de um ciclo na minha vida. 

Quando eu volto a passar por aqui, não sei. Pode ser amanhã. Pode ser só no ano que vem. E agora por ordens médicas, eu planejo menos, e deixo as coisas acontecerem (ou pelo menos tento).

Para você que passa por aqui:

"Although it's been said, many times, many ways, Merry Christmas to you"

Da minha família, para a sua.

N.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Desisto

Há alguns meses tenho tentado, inutilmente, conciliar o trabalho em período integral e as tarefas da Amélia.

Com a ajuda de I. e um apartamento pequeno, a coisa vinha funcionando mal e porcamente. Mas agora com as coisas em dobro (dois banheiros, dois quartos, eu duas vezes maior)... fail master blaster ultra mega super grande pra mim. 

Não consigo, não dou conta e não quero passar todo meu tempo livre limpando a casa. Fazia com o maior bom gosto quando não estava trabalhando fora e tenho sincera admiração por quem consegue. E eu sei que tem gente que consegue e faz mais, com apartamentos maiores do que o meu, com filho, com cachorros e por aí vai. E sem ajuda de marido! 

Nas últimas semanas andei com um mau humor de cão por causa disso. Chegava em casa do trabalho exausta e não sabia se descansava ou se limpava. Quem limpa sabe que não tem fim. Limpa-se todo dia e todo dia as coisas se acumulam para serem feitas. Como eu não consigo nunca tomar decisões (ou pelo menos nunca estou contente com as tomadas), ao invés de descansar ou limpar eu chorava. Chorava porque sabia que se tentasse relaxar não conseguiria e se tentasse limpar me sentiria a mais infeliz das criaturas. Eu nunca ganho com minhas decisões. 

Eu sei que chorar quase sempre é a pior coisa a se fazer, não resolve problema nenhum, mas eu já disse e repito, eu não sou inteligente, emocionalmente falando. 

Agora eu desisto. 

Desisto de bancar a mulher perfeita. Mesmo porque eu andava longe de ser. Até quando dava conta das tarefas de casa e do trabalho, ainda assim passava boa parte do meu tempo com I. reclamando pra ele. 

Desisto também de reclamar. 

E domingo mesmo, para que minha desistência não ficasse só na intenção, peguei o telefone e liguei pra alguém. Isso mesmo, T E L E F O N E I. Não mandei mensagem de texto, não. Também desistindo de ter medo de telefone, liguei pedindo ajuda profissional.

A partir de agora, eu conto sim com uma pessoa que virá a minha casa, se não toda semana (porque o objetivo é obter ajuda e não ficar de pernas para o ar) pelo menos 2 vezes ao mês. 

Ela veio ontem mesmo, e o resultado é que minha casa está limpa, eu não estou estressada e I. não ouviu desde domingo uma única reclamaçãozinha minha. Nenhuminha.

Aliás, não reclamar é minha resolução de Ano Velho. Mas isso rende assunto para uma outra hora.

N.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

2+2=5


Não existe consenso no que diz respeito à gravidez e o consumo moderado de álcool. Tem gente (inclusive o Ministério da Saúde no Brasil) que acha que álcool não deve ser ingerido e ponto final. Tem outra gente que diz que uma unidade de álcool por semana (acredite, já li até mesmo que poderiam ser duas) não faz mal coisa nenhuma (apesar de que mesmo nessa quantidade o álcool vai sim parar na corrente sanguínea do bebê). 

Eu só descobri estar grávida na semana 8. Antes disso, tinha ingerido álcool sim, pelo menos em duas ocasiões, sem grandes exageros. Se pudesse, voltava atrás, mas desnecessário dizer, não posso chorar pelo leite derramado pelas pints ingeridas. 

Depois disso, segui a recomendação médica (do meu médico em particular) de não ingerir nada de álcool até a semana 12, e depois não passar de jeito nenhum de uma unidade por semana. E mesmo assim, desde então eu tomei somente 2 taças pequenas (nem cheguei a terminar) de vinho tinto, em ocasiões bem distintas, o que equivale a exatamente 2 unidades de álcool.

Olha só, faz uma continha aqui comigo. Estou com 21 semanas. Vamos tirar dessa equação as semanas em que eu não sabia que estava grávida, ou seja, estou conscientemente grávida há 13 semanas. Em treze semanas eu poderia, portanto, ter ingerido 13 unidades de álcool. Ingeri 2. 

13 - 2 = 11

Até o Natal faltam ainda 2 semanas. Até lá eu não vou beber.

11 + 2 = 13

Segundo a minha matemática o meu Natal não foi completamente pro saco do Papai Noel (apesar de eu já parecer um enorme Christmas Pudding). Afinal, eu vou poder tomar 13 taças de vinho tinto. Ou 6 pints de cerveja. Ou 13 doses de vodka ou uísque. Aliás, isso é muito mais do que eu aguento de qualquer jeito.  O que significa, por sua vez, que vai sobrar uma cotazinha para o Ano Novo também. E some-se aí mais uma semana, e mais uma unidade de álcool. 

E eu que sempre achei que não sabia fazer conta! Gravidez realmente muda a gente. 

N.

PS. eu não sei mesmo fazer conta mas sou responsável o bastante para deixar toda essa bebedeira pro Natal do ano que vem, quando minha mãe ou minha sogra vão estar de olho no meu pequeno, fora da minha barriga. 

quinta-feira, dezembro 09, 2010

O Twitter, o Panetone e a minha irmã.

Eu tenho uma irmã. Ela faz duas coisas o dia inteiro. Comer e twittar, não necessariamente nessa ordem (ela trabalha e vai à faculdade, entre uma coisa e outra também). Invariavelmente ela twitta sobre o que comeu, ou está comendo. No mínimo para me matar de inveja, porque número 1: eu nunca poderia comer o que ela come ou já teria passado dos dois dígitos na balança; número 2: eu nem tenho acesso daqui da Irlanda à tudo que ela come; número 3: estou grávida e tudo o que eu tenho vontade de comer é comfort food made in Brazil

Essa combinação toda, como você já deve ter percebido, tem me causado um certo problema por aqui. Sim, eu leio e quero comer também. Aí já viu. 

Primeiro foi o "pão fofinho", aquele pãozinho redondinho feito de ovo da Seven Boys (que eu nem sei se ainda tem esse nome) e que a gente sempre chamou mesmo de "pão fofinho". Fiquei com tanta vontade que até chorei (tudo bem, eu choro à toa mesmo, eu sei). I. coitado disse que ia procurar a receita e fazer para mim. Às 10 da noite. Acabei me contentando com uma bengalinha estilo pão francês do Tesco mesmo, que "molhei" no café-com-leite igual fazia quando criança e fui dormir para parar de pensar no assunto.

Depois veio o panetone. Também culpa da minha irmã e do twitter dela. 

Tentei comer Christmas Pudding para ver se passava, mas não encontrei nenhum que prestasse, pelo menos não no mercado. O da minha sogra é de matar (esse ano até pedi para ela fazer um a mais pra eu trazer pra casa), mas só vou poder comer no Natal mesmo. 

Minced Pies também não resolveram. 

Reclamei no Facebook que estava com vontade e agradeço de coração todos os que se ofereceram para me contrabandear umas caixas. 

Na lojinha brasileira ainda nem sinal deles. E honestamente não conseguia me lembrar se no ano passado eles tinham panetone ou não.

Me lembrei então de um café italiano na Dawson Street que vende normalmente uns produtos importados da Itália. Bingo. Só não sabia se era a mesma receita do panetone vendido no Brasil. Mas aí pra minha sorte eles tinham um em miniatura. Do tamanho de um cupcake. Cerca de €5. Achei meio caro, mas enfim... 


Comprei e comi na rua mesmo, sem nem esperar chegar em casa. Guardei só a caixinha para fotografar depois. 

Pensei em voltar e comprar o grande. O de um quilo custava mais de €20 mas sabia que se eu comprasse comeria inteiro sozinha já que I. não gosta de nada com frutas secas. E eu que como por dois, mas ainda não perdi a noção, sei que um quilo de panetone deve ter calorias suficientes para alimentar um homem adulto por praticamente 2 dias.  

Estava indo bem, até ver que na lojinha brasileira eles tinham panetone Bauducco tradicional por €6,99 o de meio quilo. 

Advinha se eu não comprei? Comprei no sábado e com muito orgulho, hoje quinta-feira, ainda tenho mais da metade no armário.  

Mas voltando a minha irmã, ela recentemente parou de twittar sobre comida por causa dos shows do U2 no Brasil. O medo agora, é que com os ingressos comprados ela volte ao trend topic original dela e me invente mais uma. 

Começo hoje então uma campanha para que ela pare de twittar sobre guloseimas, ou pelo menos se certifique de que eu possa encontrá-las por aqui. Ou isso, eu vou dar um unfollow nela.

N.

ps. só lembrando que twittar fotinhos de presentinhos pra o E. pode. A gente gosta, gosta muito. 

quarta-feira, dezembro 08, 2010

21 semanas...

... e poucas as novidades, pelos menos pregnancy related anyway.


O babóg, ao que tudo indica está bem. Dia sim dia não, o sinto se mexer, o que é disparado a coisa mais legal de toda a gravidez. Agora mal acostumada, após a janta eu sempre me deito com os pés no colo de I. e a mãos na barriga esperando que ele dê sinal, o que nem sempre acontece. Na segunda-feira à noite os movimentos eram tão fortes que I. também conseguiu sentir, mas desde então por mais que eu cutuque ele anda quietinho. 

Já a coceira, bom, essa não me deixa, não me larga, não sai de mim. Hoje o médico me mandou trocar de hidratante e usar só o E45, que não tem perfume e é indicado para peles sensíveis. Segundo ele, o perfume e outros produtos dos hidratantes que eu venho usando podem estar fazendo mais mal do que bem. 

Fiz também o exame de sangue, e espero nem ouvir o resultado. O médico só me liga (em aproximadamente 48 horas) se houver algo de errado. No news is good news. 

E hoje também resolvi que ia enfrentar meu medo e sair de casa pro médico e do médico pro trabalho. A primeira perna do caminho não foi tão difícil porque I. me levou de carro. Mesmo assim, chorei e tremi feito doida antes de deixar o apartamento. Mas me senti totalmente "no controle" quando cheguei no consultório. Dispensei I. da tarefa de motorista e disse que faria o caminho para o trabalho sozinha. Não muito por coragem, mas porque honestamente as ruas do centro estavam praticamente limpas. E depois porque sabe-se-lá como vai ser o inverno por aqui e não posso me dar ao luxo de ficar em casa, ou andar de táxi pra baixo e pra cima.

A ironia maior é que meu corpo arrumou outro jeito de me manter em casa. Infecção no ouvido esquerdo. Um pouco de febre e bastante dor. Nada de vento ou água perto do ouvido e repouso por mais dois dias. E nada de antibiótico também, pelo menos por enquanto.

Trabalho para mim agora só na sexta-feira. E nem quero pensar no tanto de coisa que deve ter se acumulado por lá por todos esses dias. 

Como não quero pensar, vou aproveitar a quinta-feira de pernas pro ar, relaxar e me preparar para o que deve ser uma sexta-feira daquelas.

E por mais difícil que essa tenha sido, feliz 21 semanas pra nós. 

N.

segunda-feira, dezembro 06, 2010

A crise de pânico

Em primeiro lugar eu preciso começar escrevendo que sei muito bem que o que eu vou contar não faz muito sentido. Que se eu parar para pensar, eu deveria deixar de bobeira e sair na rua. Mas saúde mental nunca foi mesmo meu forte. 

Acontece que hoje de manhã eu tinha consulta no médico as 11h. Acordei logo depois que I. saiu para trabalhar, tomei banho e me arrumei. 

Deixei o apartamento, desci de elevador e abri a porta do prédio. Saí, escorreguei, me segurei para não cair e meu coração disparou. Entrei de volta no hall, para recuperar o ar. Tentei de novo, e simplesmente não consegui passar da porta. Comecei a suar frio, o coração parecia que ia sair pela boca e percebi que tremia, mas não era de frio. Era medo. Medo de sair, de cair, de me machucar, e mais do que tudo isso, de machucar meu bebê. Não sei quanto tempo fiquei ali parada com a mão na porta, tentando me convencer a sair. Me disse mil vezes o quão absurda era aquela situação. E aí percebi que aquilo não era só medo. Era pânico e eu mal conseguia me mexer. Fiquei com mais medo ainda ao me dar conta de que não mandava mais no meu corpo. 

Nisso o telefone toca. Demorei tanto para conseguir pegá-lo no bolso que parou de tocar. Reconheci o número como sendo o do consultório. Liguei de volta e o próprio médico atendeu, querendo desmarcar a consulta. Ao falar com ele, não consegui me conter e caí no choro. Expliquei onde estava e o que estava acontecendo. Não sei quanto tempo durou a ligação mas acho que ele passou um bom tempo tentando me acalmar e me dizendo que estava tudo bem. Que ia ficar tudo bem. Que eu não precisava sair se não conseguisse. 

Ele ficou no telefone comigo até que eu conseguisse pegar o elevador de volta e entrasse no apartamento. Me disse para ficar em casa, até quarta pelo menos. Que me daria um atestado, que ficaria tudo bem. Que estava tudo bem. 

Obviamente não está tudo bem. Se estivesse tudo bem eu teria ido ao trabalho, normalmente. Com mais cuidado, sem dúvida, mas como praticamente todo mundo fez hoje pela manhã. Mas não, estou aqui, ainda chorona e sem nem querer cogitar a possibilidade de sair lá fora sozinha.

Com medo, e com mais medo ainda de sentir esse medo todo.

N.

domingo, dezembro 05, 2010

A segunda consulta e o final de semana prolongado


Quinta-feira era dia de médico. Em dobro. Uma consulta com o clínico geral (ainda não vi a cara de um obstetra por aqui), no consultório dele, e outra na maternidade, com um psiquiatra. Avisei no trabalho que não daria as caras.

Na quarta-feira a consulta com o psiquiatra foi cancelada (devido ao mal tempo, só para variar) mas mantive o dia off.

Com ou sem neve não perderia a outra consulta por nada. Depois de alguns dias sem sentir o babóg mexer estava praticamente desesperada por reassurance. Até pratiquei mentalmente (eu deveria me envergonhar de confessar certas coisas) a conversa que teria caso a secretária ligasse "tentando" desmarcar a consulta. Desnecessário porque a consulta foi mantida e eu cheguei lá uma hora antes, just in case.

A boa notícia é que não precisava te me preocupado tanto (nem ter chorado tanto, ou passado a noite sem dormir, nem ter enchido o saco de I.). O médico ouviu o coração dele e está tudo bem. 

Além disso saí de lá com o atestado da quinta, e também para sexta-feira. Estou tendo, portanto, um fim-de-semana digno de feriado prolongado no Brasil. Não vou mentir, adorei passar todo esse tempo em casa, organizando as poucas coisas que faltam para o apartamento novo ganhar cara de lar. 

Comprei meu presente de amigo secreto (que vai ser daqui há pouco), embrulhei com carinho (adoro fazer pacotes, apesar de não ser muita boa com eles) e meu bolo prestígio está nesse exato minuto asssando no forno (pelo menos o cheiro é muito bom). 

Ontem compramos as últimas coisas que faltavam para a casa, e fiz o melhor macarrão à bolonhesa do mundo (nada de molho pronto, receita que a sogra aprendeu com uma amiga italiana quando morava no Canadá). Acidentalmente, fiz uma adaptação e nem acreditei que ficou tão bom. 

Antes do jantar, consegui ainda inaugurar a banheira. Acendi milhares de velas, liguei o aquecedor no banheiro e fiquei lá largada por praticamente uma hora. 

A má notícia, ou melhor a notícia não tão boa por equanto, é que tenho que fazer um exame de sangue amanhã de manhã. Reclamei pro médico da coceira absurda que ando sentindo (tenho até me machucado de tanto coçar durante à noite) e ele quer ter certeza que não é uma falha no fígado (uma doença rara que só aparece na gravidez e que pode ser perigosa para o bebê).  Então, mesmo tentando (juro que tenho tentado) não pensar nisso, não consigo evitar. Só vou sossegar mesmo quando receber o resultado negativo.

E mais uma, minha aliança de casamento (e também a de noivado e o anel de claddagh que eu uso no mesmo dedo) tem me causado uma espécie de alergia. O dedo ficou praticamente em carne viva (porque eu ainda insistia em usá-los), mas o médico que não soube explicar o porquê, me mandou guardá-los por enquanto. 

O dedo está bem melhor hoje, e como sou teimosa vou fazer mais uma tentativa com os anéis.

E agora vou lá ver se meu bolo já está pronto.

N.

sábado, dezembro 04, 2010

Me adaptando - parte II (compras de grávida)


Eu escrevi há dois posts atrás que a barriga resolveu aparecer. Assim, feito neve na Irlanda, mais cedo do que o esperado (ou pelo menos do que eu acho que seria o esperado).

E do mesmo jeito que tive que me adaptar à neve, estou tendo que me adaptar à barriga. Dormir com ela pra baixo, como sempre fiz, nem pensar. Com ela pra cima, também, não. Você faz as contas, e vai saber como estou dormindo.

Crescendo desse jeito, haja Bio Oil para evitar estrias. Agora, além de usar pela manhã, estou passando uma camada extra antes de ir pra cama.

Mas esse era o menor dos problemas. Até então, eu ainda cabia nas minhas roupas (uma peça ou outra maiorzinha é verdade). Essa semana, bom essa semana eu já não tinha um par de calças.

Na última terça-feira enfrentei o tempo ruim e lá fui eu à Marks & Spencer (aproveitando o gift card que tinha ganhado da sogra no último aniversário) em busca de maternity trousers. Saí de lá com dois pares (iguais esses aí de baixo) extremamente confortáveis e não quero saber de usar outra coisa. Vamos só ver até quando vão durar, ou melhor, até quando eu vou caber neles.


Mas antes das minhas calças todas perderem o uso, foram meus sutiãs que foram pro brejo. Na Mother Care, a vendedora atenciosa me atendeu com fita métrica em mãos e me ajudou a encontrar um no meu novo número (que foi de 36D para 38E). Um. Isso mesmo, a loja só tinha em todo o estoque, um único sutiã no meu número. Ou seja, assim que eu tiver ânimo de sair às compras, e o tempo ajudar, sutiã continua na lista.

E como com gravidade não se brinca, comprei alguns também para usar dormindo. Se silicone cai ou não, eu quero continuar sem saber.

Basicamente era só isso que eu precisa. O que eu não precisava, mas obviamente não resisti foi esse aparelhinho aí de baixo, que permite (em teoria) ouvir os batimentos cardíacos do babóg. Já estava de olho nele há tempos.



A vendedora, esperta além de atenciosa, me disse que era possível usá-lo a partir da semana 20. Comprei, e só depois li na embalagem que na verdade é aconselhado a partir da semana 28. Tudo bem, eu ia comprar de qualquer jeito.

Até agora quem estava certa era a embalagem mesmo. Acoplado à minha barriga, ainda não consegui ouvir nada além de uns ruídos não identificados.

Compras agora, só as de Natal mesmo. E só quando a geleira lá fora derreter por completo. Só hoje foram dois tombos na tentativa de chegar ao mercado da esquina. Me machuquei pouco, mas quase morri de susto em compensação. Resultado, agora só saio de carro, ou se for absolutamente necessário.

N.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Me adaptando, ou pelo menos tentando.

A neve deu as caras por aqui antes do previsto. Aliás, bem antes do previsto, em pleno outono. 

No meu primeiro inverno aqui ela apareceu só em Fevereiro, para surpresa geral já que não nevava em Dublin há muitos anos. E principalmente para a minha, que mesmo já tendo vindo para esses lados no inverno, nunca tinha visto neve na vida. 

Durou pouquíssimos dias e como eu trabalhava e morava no mesmo lugar (e na mesma época desisti de ir à escola) me atrapalhou pouco. O suficiente, no entanto, para que eu percebesse que ela não combinava com meus calçados.

No inverno seguinte ela começou a cair em meados de Dezembro. Para ser mais exata, no dia em que fui buscar meu vestido de noiva. Olhei pela janela e pensei comigo, vou sair agora porque não está chovendo. Ao chegar na esquina, literalmente, percebi que nevava. Me lembrei imediatamente que ainda não tinha calçados apropriados, mas lembrei também que em poucos dias estaria no Brasil, por boa parte do inverno. Resultado: biquinis e havaianas na lista de compras, sapatos de inverno devidamente esquecidos por completo.

Nesse ano, meu terceiro inverno por aqui, não teve jeito. Sábado passado ao acordar e olhar pela janela do quarto, a vista era essa:

Sábado 9 da manhã, janela do quarto
Com várias coisas para fazer na rua, passei boa parte do dia com os pés encharcados. E com frio, obviamente. 

Aí no domingo, amanheceu assim:

Domingo, 9 da manhã, vista da sala
Provando que estava frio

Saindo do prédio
Sem a possibilidade de hibernar em casa ou fugir para terras tropicais (como nos anos anteriores) fui obrigada a tomar uma atitude: fui ao centro e comprei wellies (ou em bom português, galochas). Assim, enfrento o caminho para o trabalho com os pés secos, e sem maiores riscos de tombo. Chegando lá troco as wellies por sapatos confortáveis e passo o dia mais feliz, ou menos infeliz se seu copo estiver half empty

Percebi que os pés sequinhos eu sou uma pessoa melhor. 

N. 

quinta-feira, dezembro 02, 2010

20 semanas...

... Ou a metade do caminho...
... Ou o dia de ontem.



Não hoje, porque hoje já são 20 semanas e 1 dia. Sim, eu sou tão ansiosa que eu conto cada dia. 

Esse post era para ter sido escrito ontem, mas due to the bad awful weather (leia-se nevasca e frio do cão) foi adiado para hoje. 

Abre parênteses.

Aliás, ontem foi um dia atípico. Cheguei 30 minutos atrasada no trabalho (em parte porque fiquei em casa me perguntando se deveria ou não ir trabalhar, em primeiro lugar). Chegando lá percebi que não deveria ter ido (o chefe teve a mesma idéia e ficou em casa). E por volta da hora do almoço percebi que tinha sido mesmo uma péssima idéia. Os ônibus (tem plural ônibus?) pararam de circular e fui avisada de que deveria voltar para casa andando. Andando? Grávida e com medo de cair? Em condições normais eu levaria quase uma hora pra chegar em casa a pé. Com neve? Calculei no mínimo o dobro. Ligo para I., mas para meu desgosto, o carro está no mecânico. É, devia ter ficado em casa.

Quando estava para sair (pouco antes das 16h) uma aluna apareceu perguntando como faria para voltar para residência estudantil onde estava hospedada. Andando foi a resposta que ela recebeu. Mas andando até aquele fim de mundo ela levaria bem umas 6 horas. Ainda por cima, em Dublin só há dois dias, ela nem tinha idéia por onde ir. 

Obviamente eu nem conhecia a menina, mas convidei para vir pra casa comigo. Quarto sobrando, banho quente e janta pelo menos eu poderia garantir. 

E lá fomos nós, patinando (literalmente) até a Connolly station (um caos que mais parecia a estação Sé do metrô não fosse pelos ocasionais pedidos de desculpa, mostrando que irlandeses mantêm a educação mesmo em situações críticas). Só 3 estaçõezinhas e eu estaria quase em casa, mas a viagem demorou mais do que o previsto, num trem lotado. Depois, mas uma caminhadinha, e casa. No total pouco mais de 2 horas numa viagem que leva de ônibus, em dias normais, somente 20 minutos. Poderia ter sido pior.

Fecha parênteses. 

Voltamos as minhas 20 semanas. De novidade, só mesmo minha barriga que resolveu dar as caras de vez. Enorme. E de resto, bom de resto tudo na mesma. A não ser por uma ou outra coisinha que eu deixo pra contar depois.

Agora, já que estou off, vou aproveitar pra olhar a neve da janela de casa, com uma xícara de chá. Olhando assim, de longe, não existe coisa mais bonita.

N.