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segunda-feira, março 15, 2010

A Imigração em Madrid

Na primeira vez que vim para Dublin escolhi, é claro, a companhia aérea mais barata, na época a espanhola Ibéria. Como não existem vôos diretos para Dublin, a conexão seria feita em Madrid. Depois pesquisando na internet me deparei com diversos casos de brasileiros (ou rumores de) que tiveram problemas com a imigração espanhola, mesmo aquele que assim como eu, só faziam escala no país. Fiquei com um pouco de receio e entrei em contato com a agência com quem fechei o pacote. Fui aconselhada por L. (que tanta atenção me deu) a me acalmar porque nunca eles tinham tido problemas nenhum com alunos viajando através de Madrid, e que viajando com toda a documentação necessária não havia motivos para temer. 

Chegando lá tive que responder umas perguntas. Pouca coisa, mas desnecessário eu achei, estando eu só fazendo escala. Carimbo de entrada no país, para horas depois receber novo carimbo de saída (e mais perguntas). 

Dessa vez não sei se estava menos ou mais preocupada, apesar da documentação do meu casamento com I., cidadão da comunidade européia. Enfim, entro numa fila enquanto I. segue pela outra (EU) que caminha a passos largos. Ele passa e me espera do outro lado enquanto eu empaco atrás de um jovem negro, que me parece estudante brasileiro. Todas as filas andam menos a minha. 

Foi aí que por um instante eu achei estar em Portugal e não na Espanha. Uma senhora que "organizava" as filas, insistia em puxar (literalmente) os passageiros do final das filas que demoravam mais e colocá-los em outras mais rápidas, as vezes até vazias. O porquê de ela não estar fazendo isso com as pessoas da frente das filas (que obviamente estavam lá há mais tempo), eu não sei. 

Depois de trocar mais de uma vez de fila (o que será que estava acontecendo com o rapaz negro?), chega a minha vez. O oficial me pergunta em espanhol qual a razão da minha viagem a Irlanda. Digo, em inglês (obviamente porque não falo espanhol!), que vou morar com meu marido. Mal-humoradamente ele me "pede" para falar português ou espanhol e pergunta onde está o meu marido. Aponto para I., do outro lado do guichê. Ele me faz perguntas em espanhol que eu não entendo, e de maneira bem grosseira. Me pede um "album de familia". Que??? Album de família? Quer minha certidão de casamento? Não me responde, mal olha na minha cara. Começa a falar alto com I., em espanhol, pedindo o bendito "album de familia". I. claro, não entende. E ele continua me ignorando até que mostro minha certidão de casamento. Mais perguntas. Checa o passaporte de I., digita no computador, verifica todos os carimbos do meu passaporte. "Pode passar". Grosso. 

Quem eles pensam que são? Portal da Europa? Se estou indo para Irlanda, claro, vou passar pelo processo de imigração deles e responder as perguntas deles. Até entendo toda a preocupação com a imigração ilegal e o fato de eles serem extra-cuidadosos antes de liberar a entrada de estrangeiros (brasileiros ou não, prostitutas ou não). O que não entendo é para quê tudo isso se eu SÓ ESTOU PEGANDO UM VÔO DE CONEXÃO!!


Fila gigante para passar pela segurança de novo (arh,.. eu já não passei por isso ao embarcar em SP??), vamos perder o vôo. Ops, não é uma fila, eu, educadamente achei que era (onde eu penso que estou, em Londres?). As pessoas se amontoam e se espremem. Deprimente.


Chegamos ao portão de embarque com a fila já andando. Outra coisa que eu SEMPRE me pergunto em aeroportos, para que aquela fila enorme formada assim que o embarque é anunciado? O seu assento não é marcado? 


A fila, leva antes da entrada no avião ao guichê da polícia novamente, para o carimbo de saída. Antes de chegar a minha vez, o funcionário da empresa áerea verifica meu passaporte e ticket e eu, feliz por estar indo embora dali ainda tenho que ouvir mais uma vez: "Qual o motivo da sua ida a Dublin?" A minha última vontade em Madrid é mandá-lo ¡€#¢§ˆ¶¨ªº–≠


N

Um comentário:

Ann Mary disse...

That sucks!!!