A neve deu as caras por aqui antes do previsto. Aliás, bem antes do previsto, em pleno outono.
No meu primeiro inverno aqui ela apareceu só em Fevereiro, para surpresa geral já que não nevava em Dublin há muitos anos. E principalmente para a minha, que mesmo já tendo vindo para esses lados no inverno, nunca tinha visto neve na vida.
Durou pouquíssimos dias e como eu trabalhava e morava no mesmo lugar (e na mesma época desisti de ir à escola) me atrapalhou pouco. O suficiente, no entanto, para que eu percebesse que ela não combinava com meus calçados.
No inverno seguinte ela começou a cair em meados de Dezembro. Para ser mais exata, no dia em que fui buscar meu vestido de noiva. Olhei pela janela e pensei comigo, vou sair agora porque não está chovendo. Ao chegar na esquina, literalmente, percebi que nevava. Me lembrei imediatamente que ainda não tinha calçados apropriados, mas lembrei também que em poucos dias estaria no Brasil, por boa parte do inverno. Resultado: biquinis e havaianas na lista de compras, sapatos de inverno devidamente esquecidos por completo.
Nesse ano, meu terceiro inverno por aqui, não teve jeito. Sábado passado ao acordar e olhar pela janela do quarto, a vista era essa:
Sábado 9 da manhã, janela do quarto |
Com várias coisas para fazer na rua, passei boa parte do dia com os pés encharcados. E com frio, obviamente.
Aí no domingo, amanheceu assim:
Domingo, 9 da manhã, vista da sala |
Provando que estava frio |
Saindo do prédio |
Sem a possibilidade de hibernar em casa ou fugir para terras tropicais (como nos anos anteriores) fui obrigada a tomar uma atitude: fui ao centro e comprei wellies (ou em bom português, galochas). Assim, enfrento o caminho para o trabalho com os pés secos, e sem maiores riscos de tombo. Chegando lá troco as wellies por sapatos confortáveis e passo o dia mais feliz, ou menos infeliz se seu copo estiver half empty.
Percebi que os pés sequinhos eu sou uma pessoa melhor.
N.
5 comentários:
half full! =D apesar do inferno astral! =D
Cesinha, não esperava outra coisa de você. Chega logo. Beijos,
N.
Imagina so o dobrado cuidado pra nao cair, ne? Eu to andando igual um pinguin!
E eu derretendo. Sinto-me vivendo dentro do buraco da camada de ozônio...
Nossa!
Quanta diferença faz estar com os pés sequinhos!
Os meus andavam tão molhados que até fiquei com alergia nos dedos!
Ainda bem que tudo se resolveu (não porque comprei galocha, mas porque o gelo nas ruas já derreteu!)
Estou aodrando o blog.
Beijos.
Maria Silvério
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