... bem diferente. E muito mais fácil e rápido do que eu sonhava.
No aeroporto, basicamente a mesma coisa. A não ser poder falar em inglês e a educação típica da maioria das pessoas daqui. Respondi praticamente as mesmas perguntas, até o porquê de ter vindo estudar inglês aqui uma vez que já falo inglês e dava aulas (o que eles parecem nunca entender). Trabalhei enquanto estava aqui? Menti que não. Onde está meu marido? Vamos morar em Ballsbridge? Bla, bla, bla. Recebo meu carimbo de um mês para resolver a situação com a Garda (a polícia daqui), como esperado.
O passo seguinte (que eu não sabia ser o último) me deixava mais apreensiva. As informações no site www.citizensinformation.ie davam conta de que precisava comparecer a Garda National Immigration Bureau (onde estive para registrar meu visto de estudante no ano passado), entre 8am e 10pm, junto com I., e levar nossos passaportes, comprovante de residência (no caso, dele) e a certidão de casamento original.
Como eu disse, eu achei que esse seria só o primeiro passo, e que a partir daí viriam entrevistas e outras coisas para checar a autenticidade do meu casamento. Pelo menos foi isso que ouvi em conversas na Embaixada Brasileira. Me disseram até para pedir cópia do visto dos meus sogros no Brasil, provando que eles estiveram presentes no casamento. Temia que eles descobrissem que na verdade, pouco frequentei as aulas de inglês aqui e sei-lá-mais-o-que.
Enfim, na terça-feira, depois que I. voltou do trabalho, fomos a imigração. O local, escuro e meio sujo, não é dos mais bonitos que você vai ver em Dublin. A fila para pegar uma senha de atendimento (que aqui eles chamam de "ticket") era grande, assim como a quantidade de pessoas aguardando para serem atendidas (na sua maioria nigerianos). Aguardamos na fila um pouco, mas estava meio na dúvida se aquele era mesmo o lugar certo e I. foi pedir informações. Para nossa surpresa, I. foi informado de que devido ao movimento grande, eles não estavam mais distribuindo as senhas. I. ainda disse ao funcionário que havia muitas pessoas na fila, ao que ele respondeu dizendo que não sabia o porquê. No mínimo ninguém se deu ao trabalho de informar aquelas pessoas de que não adiantava mais ficar ali, que fossem para casa e retornassem no dia seguinte.
Fomos embora e eu me senti muito, muito mal por também não ter avisado ninguém.
No dia seguinte resolvi ir mais cedo, pegar uma senha, e aguardar por I., que se encontraria comigo após o trabalho. Cheguei lá por volta das 16h. Havia menos pessoas do que no dia anterior e tive que trocar minha senha duas vezes antes de I. chegar.
Na nossa vez de sermos atendidos o oficial pega os documentos (inclusive a tradução juramentada da certidão). Verifica meus carimbos, pergunta, meio que confirmando, se eu vivi na Irlanda no ano passado. Brinca com a certidão, dizendo ser muito prático o jeito em que ela foi dobrada (com aquela capinha de plastico como todas as certidões emitidas no Brasil). Pede um minuto e sai. Na volta me pede desculpas dizendo que deveria me dar um carimbo de 5 anos, mas infelizmente não pode, pois meu passaporte vence em outubro de 2011. Pede então para que eu volte quando renovar meu passaporte para que o carimbo seja colocado também. Uma foto é tirada na hora e aguardo alguns minutos para retirar meu GNIB Card (ou "certificate of registration").
Pronto. Poderia ser menos descomplicado?
N
Pronto. Poderia ser menos descomplicado?
N
3 comentários:
Olá...não tive tempo ainda de ler seu blog por completo...mas do pouco que li, achei fantástico. Vc escreve suave, direto e adorei ocultar o "I". Queria ter o dom, da leveza na junção das palavras. Obrigado pela inclusão do meu blog na sua lista. seja bem-vinda....abraço colorido, wagner.
Oi Wagner, obrigada. Também ainda não consegui ler seu blog todo, mas ainda chego lá. Eu só agora estou abrindo o blog para outras pessoas, então foi muito bom saber que vc gostou. Venha sempre. Um beijo.
ja voltei para mais uma visitinha...abraço.
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